Por Roberto Matos
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14 de agosto de 2024
Nos últimos anos, o Brasil tem se destacado como um dos países mais inovadores no setor financeiro, especialmente com a implementação do Pix, um sistema de pagamentos instantâneos que revolucionou a forma como fazemos transferências e pagamentos. Os dados mais recentes apresentados pelo BC indicam que há 765,5 milhões de chaves registradas, provando que o Pix se tornou uma parte essencial do dia a dia dos brasileiros. Agora, o cenário financeiro está se expandindo com a chegada do Drex e a crescente adoção da tokenização, que prometem transformar ainda mais a economia do país. Pix: uma revolução em constante evolução Desde seu lançamento pelo Banco Central em 2020, o Pix rapidamente se tornou o método preferido de pagamento e transferência no Brasil. Sua principal vantagem é a velocidade, permitindo que transações sejam concluídas em segundos, 24 horas por dia, 7 dias por semana. O sistema também se destaca pela simplicidade, bastando uma chave Pix, como CPF ou número de celular, para realizar uma transferência. O futuro do Pix promete ainda mais inovação. Uma das próximas evoluções é a implementação do Pix por aproximação, que permitirá pagamentos ainda mais rápidos e sem contato físico, utilizando a tecnologia NFC (Near Field Communication). Além disso, o Pix agendado trará mais flexibilidade, permitindo que os usuários programem pagamentos futuros, o que pode ser especialmente útil para o pagamento de contas recorrentes ou para o planejamento financeiro. Outro desenvolvimento esperado é o Pix automático, que poderá ser usado em transações recorrentes como assinaturas de serviços, facilitando a vida dos consumidores e das empresas. Drex: a nova fronteira da moeda digital O Drex, abreviação de Digital Real Exchange, é a versão brasileira do real digital. Previsto para ser lançado pelo Banco Central em 2024, o Drex representa a entrada do Brasil no universo das moedas digitais emitidas por bancos centrais. O Drex promete ser mais do que uma simples versão digital do dinheiro físico; ele será programável, permitindo a criação de contratos inteligentes que automatizam transações financeiras com base em condições predefinidas. Um dos aspectos mais interessantes do Drex é sua integração potencial com o ecossistema de tokenização. A moeda digital brasileira poderá ser utilizada em uma economia tokenizada, onde ativos como imóveis, veículos e até mesmo ações de empresas são representados por tokens digitais. Isso pode facilitar a negociação desses ativos, tornando o mercado mais acessível e dinâmico. Tokenização: a economia do futuro A tokenização é o processo de transformar ativos reais em tokens digitais que podem ser facilmente negociados em plataformas blockchain. No Brasil, essa tecnologia está ganhando força, especialmente em setores como o imobiliário e o financeiro. Com a tokenização, é possível dividir um imóvel em várias frações representadas por tokens, permitindo que mais pessoas invistam em ativos que antes eram inacessíveis para a maioria. Além de democratizar o acesso a investimentos, a tokenização traz benefícios significativos em termos de segurança e transparência. Os tokens são registrados em uma blockchain, uma tecnologia conhecida por sua resistência a fraudes e manipulações. Cada transação é imutável e pode ser auditada a qualquer momento, o que aumenta a confiança dos investidores. Segurança: o pilar das novas tecnologias O Banco Central tem investido continuamente na segurança do Pix, implementando medidas como o limite de valor em transações noturnas e o bloqueio preventivo de operações suspeitas. No caso do Drex e da tokenização, a segurança é garantida pela tecnologia blockchain, que utiliza criptografia avançada para proteger as informações e garantir a integridade das transações. Além disso, a tokenização pode ser combinada com contratos inteligentes, que executam automaticamente os termos de um acordo sem a necessidade de intermediários, reduzindo o risco de erros e fraudes. O Brasil está na vanguarda da inovação financeira e à medida que essas tecnologias evoluem, podemos esperar uma economia mais ágil, segura e acessível para todos. O Pix continuará a ser uma ferramenta essencial no dia a dia dos brasileiros, enquanto o Drex e a tokenização abrirão novas oportunidades de investimento e transações, impulsionando a economia digital do Brasil para um novo patamar. A segurança, a conveniência e a inovação são as marcas dessas transformações, e o futuro parece promissor para o setor financeiro do país.